domingo, 27 de março de 2011

O por do sol

Segunda-feira, hora do rush, todos saem apressados do trabalho, no sec XXI todos tem pressa de chegar.
Rio de janeiro, o tempo começa a nublar, as pessoas correm mais, querem chegar antes da chuva. Onde? Não importa, só querem ir.
Atravessando apressadamente as ruas, passarelas, viadutos e cruzamentos nao reparam que o sol se põe lentamente e que as nuvens desaceleram para permitir ao homem a visão do paraíso, já não está claro como ao meio-dia, mas entre as nuvens menos espessas, os raios dourados continuam a pintar o céu e as nuvens logo abaixo lembram o mar, bem distante dali, na agitada copacabana.
Aqui não tem mar, não tem turista, nao tem políticos, nem grandes empresários, na esquecida zona norte, sobre a precária passarela que permite o ir e vir dos suburbanos ela parou pra observar o por do sol.
Uma visão que jamais esquecerá, pequenas nuvens que lembram ondas do mar ao refletir os raios dourados do sol. É quase outono, a temperatura está agradavel, uma brisa suave empurra gentilmente as nuvens no céu, deixando somente essa parte descoberta, a mais importante, o leito do sol, onde ele se deita vagarosamente. Esta noite não tem estrelas, nem lua, o tempo fecha no leste. Mal o sol desaparece no horizonte as nuvens cobrem todo o céu, as luzes se acendem na cidade e as pessoas continuam ignorando as belezas gratuitas que a natureza nos manda diariamente.
Há quem diga nas ruas:-Admirar a natureza é coisa de quem tem muito dinheiro e nenhuma conta pra pagar.
Mas o céu continua lá a extasiar quem ousa olhar pra cima e nao cobra nada por isso.