quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Rio não é só cristo não, mermão!

Apaixonada, uma jovem de 26 anos, sai de sua casa em Osasco, para viver um grande amor na cidade maravilhosa. O namoro estava apenas começando, e até agora era virtual e platônico, mas ela rapidamente fez as malas e partiu ao encontro do rapaz que a transformaria na próxima Helena do Maneco (autor de novelas).
Achando que viveria um grande amor na praia do Leblon, Alice chegou na rodoviaria Novo Rio onde Fernando a aguardava com a paciência e a malemolência de um macho-alfa-carioca. Vestindo bermuda, chinelo e óculos escuros estava sacudindo a chave do carro e conversando com os taxistas.
Ele sorriu, ela chorou, era tanta felicidade que rapidamente entrou no carro, Alice queria ir a praia, ao cristo e encontrar atores famosos, mas Fernando falou: - Vamos pra casa, gata, depois a gente sai pra curtir. pegaram a Av. Brasil e uma hora depois chegaram em Itaguaí.
Itaguaí... um lugar sem praia, sem asfalto e sem graça, mas... a paixão transformou tudo em alegria, ele saía para trabalhar de manhã, voltava a noite, os dois passeavam na praça depois voltavam pra casa e viam a novela.
Com o tempo, Alice começou a ficar entediada e a demandar coisas irreais, como morar em copacabana, e Fernando se irritava e saía de casa pra voltar só no dia seguinte. Contudo, desta vez, Fernando voltou e não encontrou Alice em casa, pois ela decidira voltar pra Osasco e quando ele chegou ela já estava na estrada.
Alice saiu do Rio do mesmo jeito que chegou, sem olhar para trás, só que dessa vez, as lágimas eram de decepção. Durante a viagem, ligou pra uma amiga, disse que estava voltando, contou das brigas e se lamentou por ter vivido uma ilusão. A amiga ouviu, aconselhou e até se ofereceu para busca-lá na rodoviária, porém, quando o ônibus fez sua parada habitual para lanche, Alice resolveu voltar ao Rio de Janeiro. Só que desta vez, ela sabia o que iria encontrar.