domingo, 10 de fevereiro de 2013

É carnaval, meu príncipe, CAR-NA-VAL!!!!

Pra que príncipe?
Carnaval é festa das princesas, que saem de suas torres, descendo por suas Teresas, nada santas, a caminho da Glória, branca de neve se liberta, com seus cabelos agora vermelhos, e a rainha sem seu espelho, já não sabe onde encontrá-la, tentou fugir com o Coelho, mas desistiu na esquina da Alice, pois o Coelho tinha pressa de chegar ao Natal, e a ruivinha queria, todo dia de folia. Foi ao brejo e encontrou uns sapos, que por lá faziam as festas, freqüentou a realeza do brejo e provou sua nobreza. De lá, foi a Portela, pois melhor lugar não há!
Lá encontrou outros partidos, mas não abandonou seus queridos anfíbios. Entre cervejas, paetês e mulatas com sandálias de prata, conseguiu finalmente seu título.
Não de rainha, que isso não a interessa, mas de mestre do carnaval.
Que é muito melhor!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sexta é quinta!

Hoje, pela primeira vez desde que estou em meu exílio voluntário, senti saudade do meu Rio de Janeiro. Saí de casa antes do sol, e nas ruas escuras assisto deleitada a correria de pessoas que ainda não acordaram. O comércio abre suas portas timidamente, primeiro a padaria, depois um mercadinho e vejam só, até o açougue já esta aberto antes do sol se levantar.
Entro em um ônibus, e continuo observando o alvorecer de São Paulo, o sol saindo timidamente entre os prédios, enquanto adolescentes (com sua sonolência habitual de quem passou a madrugada no facebook) caminham rumo a escola. Olhando o meu reflexo na janela do coletivo, lembro dos meus quinze anos, época em que eu só saia tão cedo de casa, se fosse pra não ir à escola e sim para fazer piqueniques na quinta da boa vista. Num tempo sem celular ou facebook, adolescentes interagiam face a face e todos os gestos eram observados.
Agora estou aqui, equilibrando meu café no balanço do transporte público. E enquanto meus dedos são esmagados por um sapato desconfortável lembro que hoje é sexta feira, e eu gostaria de estar na quinta (da boa vista), só pra poder ver o verde e andar descalça, tendo como única preocupação chegar em casa como se estivesse vindo do colégio.