terça-feira, 29 de outubro de 2013

Clube dos 27

No último sábado completei 27 anos e apesar dos meus grandes esforços, não consegui transformar 27 em 22. Fazer o que, né? Só me resta a saudade dos meus cabelos vermelhos e das minhas noites de quarta à domingo... Mas, pensando bem... Isso não foi aos 22, isso foi aos 19. É... A idade chega e a gente começa a confundir o passado. Que diferença faz se foi há cinco ou oito anos?
Um dia perguntaram a um aniversariante: - como é ter 13 anos? E ele respondeu: - a mesma coisa que ter 12! 
Isso me marcou!
Quando eu fiz 25 me fizeram a mesma pergunta e eu dei a mesma resposta, pois a vida aos 25 foi tão enfadonha quanto aos 24. Ah... Mas 27 é muito diferente, seu corpo começa a mudar e de repente você não consegue mais ficar com os seus "amigos" Jack, Johnny e José. Especialmente José, que começa a te revirar o estômago. Aí você entende que a sua nova amiga é a stela e que você precisa voltar um pouquinho mais cedo pra casa, se quiser trabalhar no dia seguinte.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Odisséia Sudestina

São Paulo, um sábado qualquer. Ela sai de casa enfrenta mais um dia caótico nesta selva de pedra. Metrô, trânsito, poluição, as pessoas se empurram, se amassam, se apertam. Tudo para ir a um mega evento e encontrar os amigos... Só que não! Esse caos todo é só mais um dia de trabalho na vida do paulistano.
Mas hoje é diferente, depois de sair da roda de exercícios na gaiola do rato, ela pega novamente o metrô e corre para o último "compromisso" do dia, encontra uma amiga e as duas vão juntas e apertadas no metrô a caminho do show do Pedro Mariano.
Chegando lá, ela descobre que o Pedro Mariano tem o poder de transformar qualquer lugar na lagoa Rodrigo de Freitas, se sente extasiada, esquece toda a correria do dia por pelo menos duas horas, pra logo depois peregrinar rumo a "terra santa"... O retorno pra casa!
Novamente de metrô, agora a caminho da rodoviária, plataforma vazia afinal, já passa da meia-noite, e depois de quarenta minutos se descobre presa na estação junto com uma meia dúzia de esquecidos pelo último metrô.
Sai da plataforma, pega um taxi e finalmente chega a rodoviária, onde se despede da amiga e da cidade, só pra descobrir que o próximo ônibus só vai sair as seis da manhã, mas e agora? Ainda são duas e meia, só resta esperar...
Finalmente consegue embarcar e depois de um tempo na estrada, sabe que esta perto, pois o calor fica enlouquecedor, as pessoas dentro do ônibus começam a se livrar de seus casacos e cobertores, o suor começa a esquecer, nenhum ar condicionado resiste a força de apolo alto no céu do Rio de Janeiro e exatamente ao meio-dia, ela chega a Ipanema para exaltar o deus-sol.