segunda-feira, 4 de março de 2013

Sem grades e sem regras, a porta aberta para a vida

Era um dia escaldante, estávamos todos lá, sentados às sombras das árvores, alguns se banhavam no rio, enquanto outros não tinham forças nem para segurar um cigarro. O sol queimava, e o vento quente cheirava a terra seca, mas ela parecia não se importar, andava como se uma leve brisa a transportasse e fumava como se esperasse alguma coisa acontecer. Algo que a fizesse perder o fôlego, uma grande emoção. Ah... Como ela ansiava por uma aventurazinha, um vendaval que a levasse pra longe, mas não para sempre, talvez por uma semana. Respirar outros ares, conhecer pessoas, contar e ouvir histórias. A novidade é o que a desperta, é o que a faz diferente dos letárgicos sob as árvores e dos lisérgicos dentro do rio. Ela olha diferente, anda diferente, sente diferente. Tem uma inquietação dentro de si, que não pode ser calada a menos que esteja deleitada com o brilho e o cheiro do novo.

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